Como eu tinha contado no último post, eu tirei 15 dias de folga bem no meio do meu período de mudança. Antes disso, deixei a passagem emitida, Irina reservada na cabine do avião e ajuda nos aeroportos para mamãe solicitada.
Em dois dias, recebi cinco empresas de mudança para fazerem orçamento do transporte de bagagem. Saía um representante, entrava outro. Um tal de abre todos os armários e fecha, explica o que vai e o que não vai, faz perguntas sobre manuseio do piano e registro de obras de arte. Cinco vezes. Que canseira!
Todo o processo de recebimento de orçamentos, análise, pedido de recursos para Brasília e contratação da empresa vencedora fica por conta do setor de administração da embaixada. Apesar de eu trabalhar justamente na administração, não cuido dessa parte, portanto eu precisei apenas receber as empresas em casa. Todo o restante do processo foi feito pelo meu colega de setor.
Enquanto eu estive no Brasil, ele recebeu os orçamentos e, quando voltei, já tínhamos a empresa vencedora. Com isso, em poucos dias recebemos a autorização de Brasília para contratar a empresa e já confirmamos datas de empacotamento e eu passei a organizar documentação de aduanas.
Outra coisa importante e urgente a resolver na minha volta de férias foi o visto para os Estados Unidos. Eu já tinha visto de turista, mas, obviamente, não posso trabalhar no consulado apenas com ele. Era preciso pedir outro visto, mais específico.
Já na primeira segunda-feira após minha volta, comecei a preencher formulários e juntar documentos necessários para o visto A1, que é o correto para pessoal diplomático acreditado nos EUA. Como minha mãe recebe o mesmo visto que eu, fiz dois processos.
Para qualquer visto para os EUA, o nosso passaporte diplomático facilita o processo. Quando fui solicitar meu visto de turismo, precisei apenas de uma nota verbal da minha embaixada dizendo que eu era servidora e iria viajar a turismo para o país. Anexados à nota, levei meu passaporte e fotos. Meu visto ficou pronto em três dias, sem maiores problemas.
Para o visto A1 foi mais ou menos a mesma coisa: produzimos uma nota diplomática informando que eu havia sido removida para ser Vice-Cônsul no Consulado-Geral do Brasil em Los Angeles e que minha mãe me acompanharia.
Como eu já sabia qual e-mail usar para adiantar o assunto, escrevi para o setor consular explicando a necessidade do meu visto e já enviei os documentos escaneados (mais do que precisava, mas eu sempre prefiro pecar pelo excesso):
- recibos de preenchimento dos dois formulários online de pedido de visto
- foto da minha mãe separada (o olho direito dela não abre e o sistema não aceita a foto automaticamente)
- nota da embaixada sobre minha remoção
- cópia dos passaportes e da minha carteirinha diplomática
- reserva de passagens
Algumas horas depois, recebi a confirmação de recebimento do setor consular e fui informada que poderia levar os originais em qualquer dia útil, às 14h.
No dia seguinte, fui até a embaixada e deixei os originais. Não demorei nem 5 minutos, já que não havia ninguém esperando para ser atendido e o agente consular já estava me esperando.
O agente ficou apenas com os nossos passaportes e fotos, a nota verbal original ele não quis manter, já que tinha a cópia que eu havia enviado.
Dois dias depois, recebi e-mail da embaixada avisando que nossos vistos estavam prontos e que eu poderia buscar em qualquer dia, também às 14h.
Fui na segunda-feira seguinte buscar os passaportes e, novamente, não me demorei nem por cinco minutos (contando o tempo para passar pela segurança). O processo foi todo muito tranquilo, rápido e sem correrias. Nossos vistos estavam em mãos quase dois meses antes da nossa chegada aos EUA e eu podia riscar mais um item importantíssimo da minha lista.
Com o visto em mãos e a licitação das empresas de mudança feita, a lista de tarefas realizadas ficou assim:
- Confirmar prazo de partida
- Solicitar e emitir passagens aéreas.
- Reservar o lugar da Irina na cabine do avião
- Solicitar ajuda especial para mamãe nos aeroportos
- Fazer orçamentos com as empresas de mudança
- Tirar o visto dos EUA
E não paramos por aí. Tem muito mais coisa para riscar da lista!